quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Felipe Camarão é reduto da cultura local
Um resgate da cultura local, assim pode ser considerado o evento realizado pela Ong Conexão Felipe Camarão, que está na sua quarta edição e reuni artistas, crianças e adolescentes para demonstrarem, durante três dias, parte das tradições culturais do bairro. Sempre com convidados especiais, esse ano teve a participação do músico pernambucano Siba, ex-mestre Ambrósio, do grupo Afro Lata de Vigário Geral, no Rio de Janeiro e do Mestre baiano Bule-Bule.

O evento teve início na terça-feira passada, com um cortejo, saindo da sede da Conexão Felipe Camarão até o terreiro do Mestre Manoel Marinho, no Largo da Cruz da Cabloca, onde se apresentaram grupos de flauta e rabeca. Rodas de prosa foram realizadas como parte da programação, em que se discutiram educação, cultura e tecnologias digitais

A Ong Conexão Felipe Camarão faz parte de um programa nacional que tem por meta a valorização da cultura local, recebe apoio da Petrobras e do Ministério da Cultura. Eles fazem dentro das escolas um trabalho de aprendizado da arte desenvolvida no bairro, que tem representantes importantes. A Ong está ligada a vários projetos semelhantes em todo Brasil, representantes viajam para outros estados em prol de uma integração maior a nível nacional, uma das últimas viagens levou 25 pessoas para Belo Horizonte.

Dessa forma, a Ong, que tem sede no próprio bairro de Felipe Camarão, deseja que a comunidade tenha na sua cultura, um exercício constante, onde os mestres, o teatro de João Redondo, a música e a capoeira sejam práticas valorizadas por todos. Aulas de música são dadas aos jovens, que aprendem flauta, percussão, rabeca e outros instrumentos, assim como aulas de capoeira. Além disso, o despertar nas crianças e jovens para o exercício da cidadania, da questão ambiental e um olhar apurado sobre o mundo, é preocupação dos que fazem o projeto. Durante o ano de 2007 passaram pela Conexão Felipe Camarão cerca de 400 crianças.

Crônica

Um som cultural do bairro de Felipe Camarão
Ontem a tarde tive uma boa surpresa, quando fui pela primeira vez no bairro de Felipe Camarão. Meu destino era a Escola Estadual Clara Camarão, estava indo para o evento da Ong Conexão Felipe Camarão. Não conhecia nem a Ong nem o bairro. Nessa visita foi me acompanhando minha amiga Carol.

Ao chegar no nosso destino, descobri a riqueza daquele bairro, que por vezes é visto apenas como um reduto de violência e de criminalidade da cidade. Mas pobres daqueles que não conhecem Felipe Camarão de verdade e a riqueza maior que ali se encontra. Foram duas horas bem aproveitadas e respirando o que tem de mais lindo na cultura de Natal.

Foi uma tarde de Mestres, bonecos, música, capoeira, risos e poesias, vividos e realizados pelo o que há de melhor naquele lugar, que são as suas pessoas. A delicadeza e alegria contagiante das crianças e adolescentes tocando de modo lindo em uma bandinha que contagia com seu forró tradicional, que nos leva a viajar naquele som gracioso e nordestino. O encanto do Mestre Josivam, que com o teatro de João Redondo tira sinceros sorrisos de todos e nos faz voltar a ser crianças outra vez, iguais a elas, faceiras e alegres, com risos soltos e despreocupados. Os bonecos que vivem pelas mãos de um mestre.

O som mágico do berimbau, que de espirar tanta melodia, nos dar seu ar de graça e onde todos ali presentes poderiam inspirar de volta. Uma “capoeira no juízo”, uma roda, participantes que jogam, olham e batem palmas. Mãos de bonecos, de banda, de realizações, de crianças, adolescentes, adultos, de um bairro, que consegue resgatar uma maravilha de cultura local.

Eu e minha amiga voltamos para casa felizes e orgulhosas, porque descobrimos um bairro riquíssimo na nossa cidade, onde a valorização da cultura existe. Em que há uma Ong, com o mesmo nome do bairro, que faz um belo trabalho com os jovens, ajudando-os a amar e não deixar morrer a arte de seu lugar.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Inauguração

Ai estava Indira e Carol querendo um nome,
Até que apareceu Balaio de Rosas!
Balaio porque é onde vamos guardar nossas coisas, preciosas.
Rosas, porque somos rosinhas, florzinhas, assim delicadinhas.
Mas ô, sem preconceito aos rapazes!